O nome e a história de Porto de Mós (Portus de Molis), nasceu há mais de 2.000 anos ao tempo em que o rio Lena era navegável e as jangadas romanas aqui embarcavam as pedras de mós, talhadas na Pedreira do Figueiredo e, mais tarde, o ferro das minas de Alqueidão da Serra. Mas os segredos do passado de Porto de Mós remontam ao tempo em que o mar cobria estas terras e se iniciaram os enrugamentos terrestres do Jurássico.
As ossadas de dinossauros e a tartaruga petrificada são alguns dos tesouros que este concelho guarda há mais de 150 milhões de anos e que agora expõe no seu notável Museu Municipal, onde se descreve toda a pré-história desta região, nos machados e nas pontas de pedra lascada do Paleolítico, nas pedras polidas do Neolítico, nas cerâmicas e objectos de cobre do Calcolítico, ou nos pesos de tear, nas pedras de espremer o mel, nas moedas e nas lanças de ferro do Império Romano.
Subindo na História, pela bela calçada romana de Alqueidão da Serra e percorrendo as encostas de calcário, de moinhos e de aldeias de pedra das serras dos Candeeiros, de Santo António e de Aire, separadas por bucólicas depressões e majestosos anfiteatros naturais, descobre-se, desde o Alto dos Moinhos Velhos, o panorama frutícola do Vale do Lena e da vila de Porto de Mós abraçada ao morro dolomítico do castelo, conquistado por D. Afonso Henriques aos mouros em 1148 e que teve no lendário D. Fuas Roupinho o seu primeiro alcaide.
A planta quadrangular do castelo define quatro torreões aos quais D. Afonso - Conde de Ourém deu em 1450 as feições palacianas que o tornaram num dos mais belos castelos de Portugal.